Marcas do mundo que sumiram do mercado.

propaganda Kolynos  (Foto: reprodução)Kolynos
Foi uma das pastas de dente mais famosas do Brasil até ser comprada pela Colgate-Palmolive em 1997. O Cade (Conselho de Administração de Defesa Econômica), órgão responsável por evitar monopólios, determinou que a marca Kolynos deveria ser deixada de lado por quatro anos. O grupo criou o creme dental Sorriso para substituí-lo e, mesmo depois que a limitação imposta pelo governo acabou, decidiu que a Kolynos não voltaria mais ao mercado.
                                                                                                       A marca Kolynos, uma das mais célebres na área de cremes dentais no Brasil, surgiu nos Estados Unidos em 1908. Naquele ano, o dentista Neal Jenkins lançou sua fórmula, empregada em escala industrial pela Kolynos Company, baseada na cidade de New Haven, Connecticut. O produto chegou ao Brasil em 1917, importado, e mais tarde ganhou fábrica no país devido ao sucesso das vendas. Quanto ao nome Kolynos, que se tornou líder da categoria, tudo indica que tem origem latina, em que "collino" significa untar com, friccionar, esfregar. O primeiro anúncio do Kolynos no Brasil apareceu na revista Selecta, no mesmo ano de 1917, e trazia o slogan "limpa os dentes e a escovinha também". Tão tradicional quanto a marca é a embalagem de Kolynos, que sempre manteve fidelidade ao verde e ao amarelo - ora mais pálidos, ora vibrantes.
Sua compra aconteceu em uma época em que o mercado brasileiro começava a ficar atraente, com sua abertura ao mercado exterior. A compra da Kolynos, feita pela Colgate-Palmolive, empresa norte-americana, envolveu uma transação de US$ 1,040 bilhão, em que US$ 760 milhões foram destinados ao mercado brasileiro.
Na época, protestos das concorrentes, principalmente Procter & Gamble (P&G), grande interessada na compra, trouxeram à mídia uma série de discussões a respeito da lei antitrust e sobre a atuação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), conselho responsável por defender, dentre outras coisas, a competitividade da economia no Brasil.
A Procter & Gamble protestava com base na informação de que a união das duas companhias as tornariam detentoras de 52% do mercado de higiene e beleza. A Colgate, até então possuidora da incrível marca de 27% do market share (participação no mercado), passaria a deter a maior parte; saltaria para uma marca incrível de 79% do setor de higiene bucal, o que poderia ir completamente contra ao estabelecimento de uma competição saudável.

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