Durante um longo período, o segmento de caldos de galinha para enriquecer o sabor de alimentos, com produtos vendidos na forma de tabletes, foi explorado e disputado por duas grandes marcas: MAGGI e KNORR. As marcas também eram concorrentes no segmento de caldos de carne e de sopas semi-prontas. Na década de 1970, com produtos semelhantes, sem diferenciais identificáveis, oferecendo os mesmos benefícios para o consumidor, coube a Nestlé e a sua agência de propaganda na época, a Norton Publicidade, encontrar uma estratégia de comunicação inteligente, criando um diferencial para os caldos de galinha MAGGI, a partir de uma ideia simples e criativa: se ambas as marcas exploravam a galinha por ser um dos fatores que mais influenciavam a decisão de compra, porque não desenvolver um símbolo diferente baseado nela? Por que não criar a “Galinha Azul”, uma galinha nobre, que, além de ser especial (sangue azul), ainda pudesse, pelas suas características, proporcionar um excelente “gancho” para estimular a lembrança da marca.
Surgiu assim em 1976 o personagem e o slogan “O CALDO NOBRE DA GALINHA AZUL”, que viriam a se transformar em um dos casos de maior impacto e sucesso na publicidade brasileira. Em substituição ao Pintinho Piu-Piu, a famosa Galinha Azul apresentava o Grande Concurso da Galinha Azul, dividido em quatro fases, nas quais o consumidor deveria acertar a letra de MAGGI que a galinha escolheria. O resultado mostrou que o caminho adotado era correto: foram mais de 25 milhões de cartas recebidas. Era a conhecida promoção “come letras”. Também foi criada a “Dança da Galinha Azul”, veiculada no programa Domingo Legal, do SBT, apresentado por Gugu, e um dos maiores sucessos do carnaval de 1989, quando a MAGGI colocou o bloco da Galinha Azul na rua, com trios elétricos exclusivos. Uma galinha azul. Pode? Sim. Não só pode como aconteceu e até hoje ainda está na cabeça de milhões de consumidores brasileiros. Os resultados obtidos com a campanha permitiram aos caldos de galinhas MAGGI um aumento considerável nas vendas e no índice de participação de mercado. O sucesso da campanha foi tanto que ela ficou no ar até 1994.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Isto é Dinheiro, Exame e EmablagemMarca), jornais (Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas).
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