A BUDWEISER é a cerveja que os trabalhadores americanos tomam quando param num bar a caminho de casa, depois de um dia exaustivo de trabalho. A marca está associada a macacões, mãos sujas de graxa, trabalho pesado e jogos tradicionais. Vários aspectos contribuíram para seu sucesso. A BUDWEISER tem uma imagem visual muito forte - o mundo simbólico da marca. Isto inclui o rótulo, amplamente reconhecido e tipicamente americano com suas cores vermelha, branca e azul; o logotipo em forma de gravata; a garrafa long-neck, com um poder distintivo comparável ao da Coca-Cola; e poderosos slogans como “O Rei das Cervejas” e “O Produto Genuíno”. Essas razões transformaram a marca BUDWEISER em uma das cervejas mais consumidas do planeta.
A história
Tudo começou quando, reconhecendo a popularidade da cerveja tipo pilsner, e sonhando construir uma marca tipicamente americana com maior volume de vendas no mercado, Adolphus Busch, então proprietário da cervejaria Anhauser-Busch, fundada em 1860 por seu sogro na cidade de St. Louis, estado americano do Missouri, e com a valorosa colaboração de Carl Conrad, introduziu no mercado americano, em 1876, a famosa BUDWEISER LAGER BEER, a primeira cerveja nacionalmente americana, desenvolvida sobre uma receita com ingredientes de alta qualidade e inspirada no estilo da região alemã da Boêmia. Um dos primeiros anúncios da nova cerveja foi um quadro pintado pelo próprio Adolphus Busch. A cervejaria decidiu batizar sua nova criação com o nome BUDWEISER, inspirado em um tipo de cerveja proveniente de um lugar chamado Budweis, em uma região distante do Império Húngaro, da qual a atual República Checa fazia parte.
Em 1883, graças ao processo de pasteurização em sua produção, a cerveja começou a ser engarrafada em larga escala, fato que contribuiu em muito para o aumentou das vendas e popularidade da BUDWEISER em todo o país, já que as cervejas até então eram regionais. Nesta época, a comunicação da marca também se destacava, utilizando campanhas coordenadas como, por exemplo, as “Budweiser Girls”, que consistia em retratos de nove belas mulheres americanas geralmente segurando uma garrafa de BUDWEISER. As primeiras exportações ocorreram pouco depois em 1885. A cerveja rapidamente se tornou um sucesso de vendas e, em 1901, já eram produzidos 1 milhão de barris por ano. Na década de 1920, durante a Lei Seca Americana (período onde era totalmente proibido o comércio de bebidas que contivessem álcool), a cervejaria passou a produzir uma versão da BUDWEISER sem álcool, anunciada como sendo a cerveja tradicional, com mesmo sabor e corpo, só que sem a adição de álcool. Foi a forma encontrada pela empresa de manter a marca ativa no mercado.
Pouco depois da revogação da Lei Seca, a marca introduziu a cerveja em lata, uma grande novidade no mercado americano e uma forma de incentivar novamente o consumo da BUDWEISER. Depois da Segunda Guerra Mundial, quando a cervejaria voltou quase toda sua produção para suprir as forças armadas americanas, a BUDWEISER experimentou um momento de grande crescimento e expansão, se tornando a cerveja número 1 do mercado americano em 1957. Nesta década a marca viveu grandes momentos de glória e popularidade ao patrocinar shows de Jackie Gleason, Milton Berle e Frank Sinatra. A BUDWEISER foi a primeira marca a ultrapassar os 10 milhões de barris consumidos por ano, isto já em 1966. Somente em 1981 a Anheuser-Busch formou uma divisão internacional e deu início ao processo de venda em larga escala da cerveja BUDWEISER no mercado internacional. Com isso, em 1985 a BUDWEISER foi lançada na Dinamarca. Chegou à Irlanda em 1987, ao México em 1989 e à China em 1995, sendo lançada posteriormente em muitos outros países.
Já em relação a novos produtos, em 1982 introduziu no mercado a cerveja BUD LIGHT, versão mais fraca da tradicional BUDWEISER, que se tornaria a cerveja light mais vendida dos Estados Unidos em 1994, graças em boa parte a campanha “Make it a Bud Light”. E não foi só, em 2001 a BUD LIGHT se tornaria a cerveja mais consumida do país, superando até mesmo sua irmã famosa, a BUDWEISER original. Ainda que a BUD LIGHT seja a cerveja mais popular do mercado americano, a versão mais leve da BUDWEISER não tem o mesmo alcance global que a original.
Nos anos seguintes, vários tipos de cervejas sob a marca BUDWEISER foram introduzidos no mercado americano, como por exemplo, a primeira cerveja ICE (BUD ICE); uma cerveja com apenas 99 calorias (BUDWEISER SELECT); uma cerveja que misturava guaraná, cafeína e ginseng (BUD EXTRA); CHELADA (cervejas com suco de tomate) e a BUD LIGHT com um toque de limão. Na virada do século 20, ao romper a marca de um milhão de barris de produção anual, BUDWEISER se torna conhecida como “King of All Bottled Beers” ou “Rei de todas as Cervejas”, sendo exportada para países na Europa, Ásia, África, América do Sul e América do Norte. No mês de julho de 2008, as marcas BUDWEISER e BUD LIGHT mudaram de mãos, depois da compra da cervejaria Anheuser-Busch, pela belga-brasileira InBev por US$ 52 bilhões, passando a integrar o extenso portfólio da AB InBev. Aos poucos, os novos proprietários promoveram uma profunda reestruturação na empresa, mas sempre respeitando a cultura e a tradição de uma das marcas americanas mais lendárias.
Nos dias atuais a cervejaria está tentando estabilizar a BUDWEISER, que apesar de ser um símbolo americano, assiste suas vendas caírem por 23 anos consecutivos nos Estados Unidos. Para reverter essa situação, o comando da cervejaria, agora em mãos de brasileiros, iniciou campanhas que revisitam o rico passado da marca e da história americana. O exemplo disso é um comercial de TV que recria uma cena de 1933, quando os icônicos cavalos Clydesdale faziam entregas da BUDWEISER no fim da Lei Seca. Mais recentemente, em 2013, para estrear a campanha “Made For Music”, a marca escolheu a cantora Rihanna para estrelar o comercial, gravado todo em preto e branco ao som da música “Right Now”.
A marca sempre teve uma forte ligação com os esportes, principalmente americanos. Isto começou em 1953 quando empresa ampliou sua estratégia de marketing comprando o time de beisebol de St. Louis Cardinals, caracterizando o começo do seu envolvimento no universo dos esportes. Hoje a BUDWEISER é patrocinadora de importantes ligas profissionais, como de futebol americano (NFL), beisebol (MLB), basquete (NBA) e UFC (artes marciais mistas), além de ter forte presença na NASCAR, principal categoria do automobilismo americano e ser patrocinadora oficial da Copa do Mundo de Futebol da FIFA.
No ano de 1997, em parceria com a Antarctica, a cerveja foi introduzida oficialmente no mercado brasileiro, presença que durou pouco em virtude do hábito dos consumidores em beber uma cerveja mais forte, o que não impediu, que mais recentemente, em 2011, a marca americana fosse relançada no mercado brasileiro com enorme campanha de marketing, visando a Copa do Mundo de 2014, competição na qual a BUDWEISER é uma das patrocinadoras oficiais. A produção da BUDWEISER é feita na fábrica de Jacareí, interior de São Paulo, que recebeu investimentos nas linhas de produção para o desenvolvimento da cerveja. O Brasil foi o primeiro mercado a comercializar BUDWEISER com sua nova identidade visual em todo o mix (lata, long neck, garrafas de alumínio e de 600 ml). Segundo dados da Nielsen, a BUD encerrou novembro de 2012 com 13.1% de participação na categoria de cervejas premium, tomando a dianteira da rival Heineken.
A linha do tempo
1936
● A cerveja é vendida em lata pela primeira vez. A curiosidade é que a primeira lata da cerveja BUDWEISER era amarela.
1982
● Lançamento da BUD LIGHT, uma cerveja com baixo teor alcoólico e apenas 110 calorias. Desde 2001, tornou-se a cerveja mais consumida dos Estados Unidos, ultrapassando inclusive a própria BUDWEISER. O atual slogan do produto é “The Perfect Beer for Whatever Happens”.
1984
● Lançamento da BUD ICE, uma cerveja com alto teor alcoólico (5.5%) e que provoca uma sensação refrescante ao ser ingerida. A cerveja também foi lançada na versão LIGHT (com poucas calorias), descontinuada em 2010. Ganhou grande popularidade na década de 1990 com uma campanha estrelada por simpáticos pinguins e a música “Dooby-dooby-doo”.
1989
● Lançamento da BUD DRY, introduzida depois de um promissor teste de mercado com o slogan“Why ask why? Try Bud Dry”. Atualmente perdeu muito espaço para a versão ICE, semelhante a sua fórmula.
2005
● Lançamento da BUDWEISER SELECT, uma cerveja de baixa caloria (apenas 99) e carboidratos, inicialmente como teste de mercado. O sucesso da versão foi tão grande que no ano seguinte passou a ser vendida nacionalmente e fazer parte da linha regular da marca. Atualmente a cerveja utiliza como slogan “Full Flavor, 99 Calories. The Exception to the Rule”.
● Introdução da garrafa de alumínio com um design moderno e atrativo.
● Lançamento da BUD EXTRA, uma cerveja que possui em sua formulação guaraná, cafeína e até ginseng.
2007
● Lançamento da BUDWEISER CHELADA e BUD LIGHT CHELADA, as tradicionais cervejas da marca misturadas com clamato, um mix de suco de tomates, especiarias e caldo de amêijoas (pequenos moluscos), muito popular entre a comunidade mexicana nos Estados Unidos. Inicialmente disponível em poucos estados americanos, somente em 2008 ganhou distribuição nacional. Essas versões são comercializadas somente em latas.
2008
● Lançamento da BUD LIGHT LIME, cerveja mais fraca que a original com um leve toque de limão. A versão foi introduzida no mercado com o slogan “It’s Amazing What a Little Lime Can Do” (“É impressionante o que pode fazer um pequeno limão”).
● Lançamento da BUDWEISER AMERICAN ALE, disponível na versão Chopp (Draught) e garrafa, como uma cerveja tipo Amber Ale com teor alcoólico de 5.3% e cor caramelizada.
2009
● Lançamento da BUDWEISER SELECT 55, uma versão da BUDWEISER SELECT com apenas 55 calorias e 2.4% de graduação alcoólica. No ano seguinte a cerveja já estava disponível nacionalmente nos Estados Unidos.
● Lançamento da BUD LIGHT GOLDEN WHEAT, uma cerveja de trigo que possui sabor mais agradável.
2010
● Lançamento da BUDWEISER 66, uma cerveja levemente gaseificada, suave, com um toque de doçura e 4% de graduação alcoólica, especialmente desenvolvida para o mercado inglês.
2012
● Lançamento da BUD LIGHT PLATINUM, uma cerveja mais suave e doce, porém extremamente forte (6% de graduação alcoólica) que a versão light tradicional. Apesar de utilizar a designação light, a cerveja tem apenas 8 calorias a menos que uma BUDWEISER normal. O destaque da nova cerveja é sua garrafa translúcida na cor azul.
2013
● Lançamento da BUDWEISER BLACK CROWN, uma cerveja tipo Golden Amber Lager com 6% de graduação alcoólica, produzida com malte caramelo torrado, uma variedade de lúpulos americanos e lascas de Beechwood (uma madeira especial) nos tanques de fermentação, que resulta em uma bebida de qualidade excepcional e sabor único: marcante no início e suave no final, sem deixar amargor residual. A cerveja foi desenvolvida para competir no crescente segmento de craftbrew (microcervejarias) destacando sabores e aromas em produções especiais. A nova cerveja foi escolhida entre seis receitas criadas por mestres cervejeiros da empresa espalhados por todo o país.
* Na Arábia Saudita a marca produz uma versão da cerveja sem álcool chamada BUDWEISER NA. Isto porque o álcool é considerado pelos muçulmanos uma droga equivalente ao ópio ou à heroína, e, portanto, totalmente proibido. Recentemente a cerveja ganhou a versão BUDWEISER NA GREEN APPLE (com leve sabor de maçã verde) e BUDWEISER NA TROPICAL FRUITS(frutas tropicais). Já no mercado canadense a marca oferece a BUDWEISER 4, uma cerveja light com um sabor marcante.
Disputa jurídica
Duas cervejas diferentes, o mesmo nome. Confuso? É natural. Trata-se de uma batalha legal que já dura por décadas e os próprios tribunais sentem dificuldades em julgar. De um lado a BUDWEISER, a cerveja americana mais vendida em todo o mundo. Do outro, a BUDWEISER produzida na República Checa pela Budejovicky Budvar. Para entender um pouco essa batalha jurídica é preciso voltar no tempo. A cidade de Ceske Budejovice, na atual República Checa, foi fundada pelo rei Premsl Otakar II em 1245. Tal como muitas cidades da Boêmia por várias vezes foi dizimada por saques, epidemias de pestes e guerras. Mas como a fênix, renasceu sempre das cinzas. Entre os fatos mais importantes da sua história está a permissão real para produzir cerveja, algo que esta cidade tem feito ininterruptamente desde então. No entanto, a atual cervejaria só foi fundada em 1895, ou seja, quase 20 anos depois da sua rival americana. A marca BUDVAR floresceu e, para o incômodo da Anheuser-Busch, tem o direito legal de utilizar o nome BUDWEISER em mais de 40 países ao redor do mundo. O embate jurídico entre o gigante americano e a pequena cervejaria checa, tem sido travado desde 1900. A Budvar checa começou a ser importada para os Estados Unidos ainda antes da entrada em vigor da Lei Seca. Em contra partida, a BUD americana começava a sua conquista mundial e expandia-se para a América do Sul, Canadá e Europa. Para evitar futuros problemas, as duas empresas estabeleceram um acordo em 1911 no qual a Anheuser-Busch concordava em não utilizar a designação BUDWEISER na Europa, ao mesmo tempo em que concedia a expressão “Original” à cerveja checa.
Tudo estaria certo se não fosse o grande crescimento da BUD americana e a relativa obscuridade da marca checa, que após a Segunda Guerra Mundial e a posterior inclusão da então Checoslováquia no bloco comunista, impediram o desenvolvimento natural da Budejovicky que, quase por sorte, não desapareceu por completo. Se a cerveja americana podia ser vendida no continente europeu, independentemente das designações que adotasse (BUD ou BUDWEISER) o mesmo não acontecia com a Budvar checa, que estava impedida de entrar no mercado americano. Ou melhor, estava. Após uma ausência de mais de 62 anos, os executivos da empresa descobriram, em 2001, um subterfúgio para vender a Budvar em solo americano: alteraram o nome de Budvar para Czechvar. No encalço desta mudança, seguiu-se uma forte campanha publicitária, onde foram utilizados slogans como “Only the name has been changed to protect the beer” (“Apenas o nome foi trocado para proteger a cerveja”) ou “It’s really what you think it is” (“É exatamente o que você está pensando”). Mesmo assim, os checos continuam irritados, não dispostos a ceder nem a receber os bilhões de dólares oferecidos pela empresa americana. Recentemente a BUDWEISER americana ganhou algumas disputas jurídicas para utilização do nome em países como a Suécia. Em 27 países da comunidade europeia a empresa tem o direito de utilizar sua marca. A cervejaria belgo-brasileira InBev depois de assumir o controle da Anheuser-Busch, herdou também uma disputa centenária pela marca BUDWEISER. Por outro lado, em países como a Alemanha e China, que deram ganho de causa aos tchecos na queixa contra os americanos pela denominação de origem da cerveja, a BUDWEISER americana é vendida com o nome de BUD ou Anheuser-Busch Bud.
Imponentes cavalos como símbolos
A relação da marca com a raça de cavalos denominada Clydesdale, originária da Escócia, começou no início de 1933, pouco antes da Lei Seca americana ser revogada, quando o filho do fundador da cervejaria, August Busch Jr., presenteou seu pai com seis cavalos desta raça para comemorar a produção das primeiras garrafas de BUDWEISER após o término da proibição. Percebendo o enorme potencial de marketing deste gesto, a cervejaria tratou logo de arranjar uma segunda carroça puxada por mais seis cavalos, que foi enviada para a cidade de Nova York no dia 7 de abril, data oficial do fim da proibição de produção e venda de bebidas alcoólicas no país. Essa carroça, conduzida por Bill Wales, desfilou pelas ruas da cidade em frente a milhões de espectadores, e depois de uma pequena cerimônia, o governador do estado na época, Alfred E. Smith foi presenteado com uma caixa de BUDWEISER por sua luta para derrubar a proibição. Pouco depois, os cavalos foram para a capital Washington, para entregar as primeiras caixas de BUDWEISER para o Presidente Franklin Delano Roosevelt.
Nos anos seguintes, os majestosos cavalos bretões, admirados por sua força e beleza, apareciam conduzindo elegantes carruagens em eventos pelo país afora com o objetivo de divulgar a marca BUDWEISER e a cervejaria. Com isso, os cavalos se tornaram símbolo da BUDWEISER, aparecendo inclusive em inúmeras campanhas publicitárias, a primeira em 1956 com direito a televisão. Na fábrica da Anheuser-Busch na cidade de St. Louis, onde há uma criação de cavalos da raça e o tradicional estábulo de tijolos e vidro, construído em 1885, é possível fazer um tour para observar os majestosos cavalos em carruagens meticulosamente preparadas para desfiles, além de poder tirar fotos e guardá-las como recordação. Eles também podem ser vistos nas cervejarias da Anheuser-Busch em Merrimack (New Hempshire) e Ft. Collins (Colorado). Os cavalos, que chegam a pesar 1.200 kg, ultrapassando 1.80m de altura até a cernelha (base do pescoço), fazem também cerca de 500 aparições por ano pelo país. A cervejaria possui cerca de 250 cavalos da raça, um dos maiores rebanhos do país, que são criados em três locais (na sede em St. Louis, na famosa fazenda Grant’s Farm de 281 acres e antiga residência da família Busch; também na cidade de St. Louis e na recém-inaugurada fazenda Warm Springs Ranch próxima a cidade de Boonville, estado do Missouri). Os cachorros da raça dálmata também aparecem constantemente junto com os cavalos desde 1950, e se tornaram outro símbolo da BUDWEISER.
Em 2013, o cavalo símbolo da marca, protagonizou um dos mais emocionantes comerciais da BUDWEISER durante o concorrido intervalo do Super Bowl (evento esportivo de maior audiência dos Estados Unidos). O filme batizado “Brotherhood” mostra o nascimento de um potro da raça Clydesdale e o carinho e amizade que o criador tem com ele, enquanto o bicho cresce para se tornar um cavalo forte e ser levado embora pelo pessoal da BUDWEISER. Três anos mais tarde, o treinador fica sabendo que a BUD estará na cidade para um desfile com seus imponentes cavalos. Ele resolve ir até lá, mas o cavalo está com um tapa-olho e nem percebe a presença do velho amigo. A partir daí, o comercial se torna emocionante. Assista abaixo.
A evolução visual
Ao longo dos anos a identidade visual da marca, identificada pela sua tradicional “gravata vermelha” (conhecida pelos americanos como Bowtie e que passou a fazer parte do logotipo em 1956), sofreu várias alterações sem perder suas fortes características. Aos poucos o tradicional símbolo foi ganhando um formato esticado e a atual tipografia de letra.
Nos últimos anos o logotipo ganhou uma coroa dourada (afinal, BUD é “O Rei das Cervejas”) acima da tradicional gravata e, em 2011, adotou sua identidade visual atual.
A icônica garrafa da BUDWEISER, que se tornou um símbolo da cultura americana, evoluiu de forma sutil com o passar do tempo, mas sempre manteve uma imagem associada aos Estados Unidos.
Já a tradicional lata da cerveja também evoluiu com o passar do tempo. Adotada a partir de 1936, a primeira lata da BUDWEISER era amarela. Foi somente na década de 1950 que a lata passou a ser branca com detalhes em vermelho e texto em azul. Em 1996 a lata já exibia a atual tipografia de letra da marca. Em 1999 houve pequenas alterações, com o nome da marca sendo escrito novamente na vertical. Em agosto de 2011, a marca anunciou a nova identidade visual de sua tradicional lata, a décima segunda alteração desde 1936, quando a cerveja passou a utilizar este tipo de embalagem. A nova imagem visual, que possui muito mais vermelho do que as versões anteriores, tinha como pela primeira vez destaque a “Bowtie” (gravata borboleta), principal símbolo de identificação da marca e que até hoje só aparecia nos rótulos das garrafas. Até então, só houve uma exceção em que a gravata da marca apareceu na versão em lata: em maio de 2011, em uma edição limitada comemorativa ao dia da independência (4 de julho), com a bandeira americana ao fundo.
Em 2013, com o slogan “as latas da Budweiser não têm mais barriga de cerveja”, a marca apresentou para o mercado americano sua nova lata com formato acinturado e inovador que remete a tradicional gravata borboleta em seu logotipo. A nova embalagem, primeiramente disponível em alguns mercados americanos, estava em processo de desenvolvimento de 2010. Em virtude do formato diferenciado, a lata armazena um pouco menos de conteúdo – 330 mililitros ao invés de 355 mililitros.
Além disso, a identidade visual da marca BUD LIGHT também passou por algumas alterações ao longo dos anos. A atual identidade visual da marca foi adotada recentemente para o mercado americano.
Slogans e campanhas que marcaram época
Há mais de um século a marca é presença constante na mídia americana. Já em 1902, exibia um enorme outdoor eletrônico em plena Times Square. A marca BUDWEISER, ao longo de sua rica história, realizou inesquecíveis campanhas publicitárias que acabaram fazendo parte da cultura americana em determinadas épocas. Um exemplo disso foi a campanha publicitária que tinha como slogan “This BUD’S for you”, introduzida na década de 1970. Outros slogans criativos foram lançados posteriormente e caíram no gosto popular:
Rise as One. (2014, Copa do Mundo)
Great Times are Coming. (2012)
Great Times Are Waiting, Grab Some Buds. (2011)
Grab Some Buds. (2010)
The Great American Lager. (2008)
This is Budweiser. This is beer. (2005)
Proud to Be Your Bud. (1993)
Nothing beats a Bud. (1990)
For all you do, this Bud’s for you. (1978)
When you say Budweiser, you’ve said it all. (1970)
Where there’s life, there’s Bud. (1960)
The King of Beers. (1952)
Budweiser. True.
The Genuine Article.
The Perfect Beer for Whatever Happens. (2014, Bud Light)
Here We Go. (2010 – Bud Light)
Keeps It Coming. (2008 - Bud Light)
The difference is drinkability. (2008 – Bud Light)
Always worth it. (2006 – Bud Light)
This calls for a Bud Light. (2001, Bud Light)
Bring Out Your Best. (1982 – Bud Light)
Porém, talvez o slogan mais influente da marca tenha sido “Whassup?” (algo como “O que está rolando?” em português), que se transformou em um fenômeno da cultura pop global. Na final da década de 1990, a marca lançou uma série de comerciais, como tentativa de conquistar consumidores mais jovens, onde formigas, sapos e lagartos eram os protagonistas em situações divertidíssimas. A propaganda dos sapos, introduzida em 1995, ficou marcada por três animais em um pântano, onde cada um pronunciava as sílabas BUD...WEIS...ER, imitando coaxados. Após um tempo de cantoria a câmera da um zoom e aparece do outro lado do pântano um letreiro iluminado escrito BUDWEISER. Clique aqui para assistir inúmeros comerciais criativos da marcaem nosso canal no Youtube. Logo depois, em 1998, durante o intervalo do Super Bowl, evento esportivo de maior audiência nos Estados Unidos, introduziu uma dupla hilária de camaleões verdes chamados Frankie (com seu típico sotaque do Brooklin) e Louie, que começa a se irritar com a interminável cantoria dos sapos, que rapidamente se tornaram extremamente populares entre os jovens.
Mais recentemente, em 2012, a marca lançou uma campanha estrelada por Anderson Silva, lutador brasileiro de artes marciais mistas (MMA), e pelo ator Steven Seagal. O comercial “The Great Preparation” (“A grande preparação”, em tradução livre) mostra um duelo de estilo western entre personagens que disputam a única garrafa de BUD que restou em um bar. Várias personalidades do esporte participam do filme, entre eles, o juiz Dan Miragliotta (no papel do barman), o narrador oficial do UFC Bruce Buffer e o baiano Lyoto Machita (como o sensei de Anderson Silva). O filme traduz bem o posicionamento da marca – Great Times Are Coming –, que tem como principal objetivo “antecipar para os consumidores bons momentos que estão por vir”. Clique no ícone abaixo para assistir ao comercial.
Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Lançamento: 1876
● Criador: Adolphus Busch e Carl Conrad
● Sede mundial: St. Louis, Missouri
● Proprietário da marca: AB InBev NV
● Capital aberto: Não (subsidiária)
● CEO: Carlos Brito
● Presidente: Luiz Fernando Edmond
● Faturamento: US$ 7 bilhões (estimado)
● Lucro: Não divulgado
● Valor da marca: US$ 12.614 bilhões (2013)
● Fábricas: + 20
● Presença global: 86 países
● Presença no Brasil: Sim
● Maiores mercados: Estados Unidos, Canadá e Reino Unido
● Funcionários: 150.000 (AB InBev)
● Segmento: Cervejaria
● Principais produtos: Budweiser, Bud Light, Bud Ice e Budweiser Select
● Ícones: O rótulo e os cavalos Clydesdales
● Slogan: Great Times are Coming.
● Website: www.budweiser.com.br
O valor
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca BUDWEISER está avaliada emUS$ 12.614 bilhões, ocupando a posição de número 31 no ranking das marcas mais valiosas do mundo.
A marca no mundo
Presente em mais de 85 países, a marca é líder absoluta do competitivo mercado americano (22% de participação), onde uma em cada cinco cervejas vendida é BUDWEISER, além de ser a marca de cerveja mais valiosa do mundo. A Europa corresponde a 31% das vendas globais da marca. Seus maiores mercados são Canadá (segundo maior depois dos Estados Unidos), Inglaterra, México, Irlanda e China. A partir de 1957, por décadas, foi cerveja mais vendida em todo mundo, sendo reconhecida pela famosa frase “The King of Beers” ("O Rei das Cervejas"). Atualmente a cerveja BUDWEISER é engarrafada em mais de 13 países ao redor do mundo, como Estados Unidos (onde BUD é produzida em 12 cervejarias), Argentina, Brasil, Canadá, Irlanda, Itália, Japão, Rússia, Coréia do Sul, China e Espanha. A cervejaria Anhauser-Busch produz as marcas de cerveja mais vendidas no mundo, a BUD LIGHT (48 milhões de hectolitros/ano) e a BUDWEISER (40 milhões de hectolitros/ano).
Você sabia?
● A cerveja BUDWEISER possui teor alcoólico de 5%, exceto nos estados americanos de Utah, Minnesota e Oklahoma, que devido às leis locais o teor é de apenas 3.2%.
● Cerveja do tipo lager, BUDWEISER tem processo de produção apontado como um dos mais caros do mundo. Em sua elaboração são utilizados chips de Beechchwood (madeira de faia) nos tanques de fermentação, o que garante um sabor marcante no início e suave no final.
● Em sua composição a BUDWEISER utiliza arroz, que torna seu sabor mais leve e muito menos amargo que o de outras cervejas.
● A BUDWEISER ocupa o posto de terceira cerveja mais consumida do mundo, atrás apenas das chinesas Tsingtao e Snow Beer.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro e Exame), jornais (Valor Econômico e Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Mundo Marketing), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
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