A revista americana BILLBOARD é considerada uma “Bíblia da Música”, que determina tendência no mercado musical mundial há décadas. E não é por acaso que seus rankings musicais semanais são a principal referência de sucesso no mundo da música. Considerada a principal parada musical do mundo da música, ser citado ou figurar entre seus famosos rankings pode determinar o sucesso de um álbum ou artista.
A história
A tradicional BILLBOARD teve origem na cidade americana de Cincinnati, estado americano de Ohio, quando William H. Donaldson e James H. Hennegan, cujas famílias atuavam no segmento gráfico e editorial, resolveram criar uma nova revista mensal. Lançada no mercado oficialmente no dia 1 de novembro de 1894 com o nome de BILLBOARD ADVERTISING, ela abordava diversos temas (não musicais), voltada especialmente para o mercado publicitário. A primeira edição, com apenas oito páginas, tinha preço de capa de 10 centavos de dólar (90 centavos para assinaturas anuais). Em fevereiro de 1897 a revista passou a se chamar THE BILLBOARD, e, em poucos anos começou a publicar anúncios de circos, parques de diversão, shows, feiras e eventos ao ar livre. Somente a partir de 1900 a revista passou a ser semanal. Em 1909 a BILLBOARD começou a cobrir o mundo do cinema, e, na década de 1920, o universo do rádio.
Na década de 30, com o aumento da popularidade das famosas jukebox, a BILLBOARD começou a dar mais atenção para o mercado musical. E foi no dia 4 de janeiro de 1936, um sábado, que a BILLBOARD publicou o seu primeiro ranking musical, uma espécie de “parada de sucesso”, tendo como líder da primeira lista a canção “Stop! Look! Listen!” do violinista de jazz Joe Venuti. Em 20 de julho de 1940 publicou sua primeira lista de popularidade musical (Music Popularity Chart) em três categorias: Best Sellers in Stores (os mais vendidos nas lojas); Most Played by Jockeys (os detentores das músicas mais tocadas nas rádios americanas); e Most Played in Jukeboxes (os mais tocados nas jukeboxes americanas). Rapidamente a revista e seus populares rankings tornaram-se a principal fonte de informação sobre tendências e novidades do meio musical, atendendo aos fãs, artistas, executivos, organizadores de turnês, publishers, programadores de rádio, advogados, varejistas e empresários do mundo digital.
Nos anos seguintes, seus inúmeros rankings, reconhecidos internacionalmente, classificavam canções e álbuns populares em várias categorias e estilos musicais. Seu ranking mais famoso, oHot 100, introduzido no dia 4 de agosto de 1958, mostrava os 100 singles mais vendidos e tocados nas rádios e, até os dias de hoje, é frequentemente utilizado nos Estados Unidos como a principal forma de medir a popularidade dos artistas bem como de uma canção. Ricky Nelson, com “Poor Little Fool”, foi o primeiro número 1 desta lista. Os grandes campeões da BILLBOARD entre os artistas solo masculinos são Elvis Presley (17 canções em número 1) e Michael Jackson (13 canções em número 1); e femininos são Mariah Carey (18 canções em número 1), Madonna, Whitney Houston e Rihanna (12 canções em número 1). O cantor Michael Jackson tinha sido o principal responsável pela divulgação da revista no mundo, por meio de seus álbuns fenômenos de venda como Bad, Thriller e Dangerous. Já entre as bandas, The Beatles tem o recorde até os dias atuais (20 canções em número 1). O cantor mais velho a ter uma canção em primeiro lugar na HOT 100 é Louis Armstrong, aos 64 anos. Entre as mulheres, a recordista é Cher, com 52 anos. O recorde de maior número de canções em primeiro lugar para um compositor é de Paul McCartney com 32 composições. Curiosamente, o segundo lugar é de John Lennon, também um ex-Beatles, com 26 músicas compostas por ele. Outro famoso ranking feito pela revista é o Top 200, que correspondente aos álbuns mais vendidos.
Somente a partir de 1961, a revista assumiu exclusivamente o conteúdo que tem mantém até hoje, a indústria da música, e passou a se chamara BILLBOARD MUSIC WEEK. Pouco depois, em 1963, a revista abreviou seu nome apenas para BILLBOARD. Em 1995 lançou no mercado o site billboard.com, cujo conteúdo inclui toda a cobertura do noticiário musical, entrevistas exclusivas, análises de relatórios de tendências e lançamentos, além dos famosos rankings, elaborados com base em informações de vendas de álbuns - físicas e online -, downloads, audiência e diversos outros dados compilados e analisados por ferramentas criadas pela Nielsen Business Media. Em 2007 a revista foi comprada pela empresa holandesa Nielsen Company, e pouco depois, em 2009, vendida para a Prometheus Global Media. Recentemente a BILLBOARD lançou uma versão da revista para iPad.
O mês de outubro de 2009 foi um marco para a música no Brasil. Neste mês, mais especificamente no dia 14, foi lançada a versão brasileira da revista BILLBOARD. Considerada a “Bíblia da Música”, a publicação foi o lançamento do ano, revolucionando o mercado musical brasileiro trazendo, principalmente, a versão nacional de suas famosas paradas. A capa da primeira edição era ilustrada pelo cantor Roberto Carlos e a campanha de lançamento pra lá de sugestiva: “Você só ouvir falar. Agora vai ler”. O Brasil é o terceiro país com a publicação impressa da revista; o primeiro e o segundo foram Rússia e Turquia, respectivamente. No Brasil, a tradicional revista é mensal, diferentemente da edição americana que é semanal, tendo tiragem de 40 mil exemplares e distribuição nacional.
As capas
As capas da BILLBOARD ganharam importância com o decorrer dos anos. A partir da década de 50 se tornaram um território para poucos privilegiados. Elvis Presley, Mariah Carey, Jane Fonda, Beatles, Beyoncé, Michael Jackson, Madonna foram algumas das estrelas que povoaram as capas da revista e tiveram o caminho para o sucesso impulsionado.
A evolução visual
Em janeiro de 2013 a revista apresentou uma nova versão de seu icônico logotipo. Com uma tipografia de letra mais encorpada (bold), seu nome passou a ser escrito totalmente em letras minúsculas. O logotipo utilizado nas capas é totalmente preto ou branco, dependendo do fundo. Já a versão colorida é utilizada na comunicação e campanhas promocionais da marca.
Com a apresentação da nova identidade visual da marca, as revistas também ganharam um novo design gráfico e uma reforma editorial. A primeira edição da reformulada, com novo logotipo branco e capa com design mais limpo do que as anteriores, trazia a foto do cantor Prince, chamado de “American idol” pela revista.
Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Lançamento: 1 de novembro de 1894
● Criador: William H. Donaldson e James H. Hennegan
● Sede mundial: New York City, New York
● Proprietário da marca: Prometheus Global Media
● Capital aberto: Não
● CEO: Ross Levinsohn
● Editor chefe: Bill Werde
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Presença global: + 100 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 500
● Segmento: Entretenimento
● Principais produtos: Revistas musicais e rankings
● Concorrentes diretos: Rolling Stone, Blender, Vibe e Q
● Ícones: O ranking Hot 100
● Slogan: Experience the buzz.
● Website: www.billboard.com
A marca no mundo
Atualmente, a revista americana é também publicada na Turquia, na Rússia e no Brasil, estando presente em mais de 100 países ao redor do mundo com milhões de leitores. Japão e Coréia do Sul também licenciam a marca BILLBOARD. A revista tem sede em Nova York e sucursais em Londres, Los Angeles e Miami, além de correspondentes em todas as grandes cidades do mundo. O site da revista recebe mensalmente mais de 11 milhões de visitantes de 100 países diferentes. A BIILBOARD também mantém vários rankings reconhecidos internacionalmente que classificam canções e álbuns populares em várias categorias e estilos.
Você sabia?
● Desde 1989, anualmente, a revista entrega o BILLBOARD MUSIC AWARDS, um prêmio que honra os artistas e as canções mais populares do ano. O primeiro a receber o prêmio de artista do ano foi o cantor George Michael. Esses prêmios são concedidos com base nos rankings anuais, que mostram quais foram as canções mais populares daquele período.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
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