ZÉ GOTINHA

Para entender um pouco o surgimento do personagem ZÉ GOTINHA é preciso voltar no tempo. A primeira tentativa de controlar a poliomielite no Brasil aconteceu em 1971 com a instituição do Plano Nacional de Controle da Poliomielite pelo Ministério da Saúde, em consequência de vários surtos da doença no país. No final de 1979 e início de 1980 ocorreu uma grave epidemia de poliomielite nos estados de Santa Catarina e Paraná. A estratégia adotada para conter esse quadro, em curto espaço de tempo, foi a vacinação maciça de crianças, em todo o Brasil. Criou-se, então, os Dias Nacionais de Vacinação com o objetivo de vacinar todas as crianças na faixa etária de zero a cinco anos de idade em um só dia. Após os Dias Nacionais de Vacinação houve significativa redução do número de casos de poliomielite no país.



No campo da divulgação e comunicação, também aconteceram mudanças significativas. Em 1986 ocorreu a criação, pelo artista plástico Darlan Rosa, do personagem que se tornaria símbolo da campanha pela erradicação da Poliomielite no Brasil. A marca proposta foi baseada em estudo fotográfico de 1887, de Eadweard Muybridge, que foi simplificado e transformado em desenho. A este foram acrescidas as duas gotas necessárias à vacinação. Logo em seguida, a mascote foi utilizada em um comercial para o dia nordestino de vacinação, caracterizado como cangaceiro. O nome do personagem da campanha de vacinação contra a poliomielite foi escolhido em 1987 a partir de um concurso, que contou com a participação de escolas públicas de todo o Brasil. O nome vencedor, ZÉ GOTINHA, foi uma sugestão de um aluno do Distrito Federal. O personagem tinha como principal objetivo tornar as campanhas de vacinação mais atraentes para as crianças. E com isso, tornar a vacinação um dia de festa, fazendo com que as crianças queiram participar.


Nos anos seguintes o ZÉ GOTINHA, que rapidamente se incorporou no imaginário infantil, firmou-se como sinônimo de vacina e como referencial para a população em termos de métodos de prevenção, principalmente os referentes às doenças evitáveis por vacinação. Com isso, o personagem adotou uma cor diferente para cada vacina infantil: branco para a pólio, vermelho para o sarampo, azul-marinho para tuberculose, azul-claro para coqueluche, laranja para difteria e verde para tétano. Hoje em dia, além de conscientizar os pais e as crianças sobre a importância da vacinação contra a poliomielite, o personagem alerta a todos sobre a importância da prevenção de várias outras doenças. ZÉ GOTINHA é o novo Embaixador da Saúde, ensinando a cada campanha o valor da gotinha que pode salvar vidas. Uma curiosidade: ZÉ GOTINHA foi um dos responsáveis pelo Brasil ter recebido em 1994 o certificado internacional de erradicação da transmissão do poliovírus.


Na campanha de 2013 o personagem ganhou uma nova apresentação, cantando e dançando junto com as crianças para convocar de uma maneira divertida para a vacinação, que aconteceu no dia 8 de junho. Com uma trilha sonora que lembra muito o funk e o rap, o personagem trazia até uma corrente com suas iniciais ZG. Assista ao vídeo da campanha, criada pela agência Agnelo Pacheco.

  

As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br), jornais (Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas).

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